Sinopse
A série conta a história de um garoto órfão e muito humilde, que é conhecido simplesmente como "El Chavo del ocho". No Brasil é conhecido como "Chaves do Oito" ou simplesmente "Chaves". O garoto vive na periferia de uma grande cidade, e seu "esconderijo" é um barril localizado no pátio principal da vila de classe média baixa onde passa todo o seu dia. Lá, ele deve conviver com os particulares moradores e vizinhos, com os quais sempre está envolvido em divertidas situações. Através das mais variadas formas de comédia (tais como o pastelão e a ironia), a série aborda críticas sociais relativas à convivência entre vizinhos, satirizando atitudes genuínas com piadas rápidas e por vezes perspicazes a cada episódio. Segundo Bolaños, em entrevista ao livro O Diário do Chaves, lançado em 2006, o garoto havia fugido de um orfanato do qual a mãe o havia deixado bem pequeno, uma vez que não se sentia feliz lá. Foi então que encontrou uma "vila", e uma senhora sozinha, muito idosa, o abrigou no apartamento número 8, onde morava. Logo, ela faleceu e Chaves teve que ser despejado, passando a viver então dentro do Barril. Mas para todos, continuava dizendo que morava no apartamento 8.


Origens
O programa começou como esquete do antigo programa Chespirito em 1971, depois que seu protagonista, Chaves, apareceu junto com outra personagem, a Chiquinha.[2] A princípio se dirigia a um público maduro, mas se mostrou extremamente bem-sucedido entre as crianças mexicanas, e então decidiu-se "redirecionar" o programa para o público em geral, sem restrições. O nome "El Chavo del Ocho" é uma referência à emissora de TV que o produzia originalmente que era no Canal 8. Depois, a emissora se uniu a uma outra formando a Televisa, e o "8" passou a ser a suposta casa do Chaves, o que cria o mistério da série, já que não se sabe onde ele realmente mora.
Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, foi o criador principal e a estrela do programa. Chamou Florinda Meza para atuar no seriado, a Dona Florinda. Chespirito e Florinda Meza Garcia iniciaram um relacionamento em 1978, que dura até hoje. Chespirito contratou Ramón Valdés, um ator renomado no México, que havia feito vários filmes, a quem havia conhecido há muitos anos. Carlos Villagrán era somente um fotógrafo amigo de Rubén Aguirre (que havia atuado com Chesperito no Programa Los Super Genios de la Mesa Cuadrada) e foi a uma festa feita por ele. Carlos Villagrán deu um passo para a comédia ao inflar suas bochechas além do normal, e Rubén Aguirre contou a Roberto Gómez Bolaños sobre o talento oculto de seu amigo. Carlos Villagrán foi contratado rapidamente para o programa. María Antonieta de Las Nieves era uma atriz que só havia usado a voz para dublagens e anúncios da Televisa. Ao ouvir sua voz, Roberto Gómez Bolaños pensou que era perfeita para o programa. Os últimos a unirem-se ao programa foram Angelines Fernández, uma antiga atriz de telenovelas, Edgar Vivar, que havia iniciado sua carreira artística em 1964 e Horácio Gómez Bolaños, o irmão de Chespirito, que nunca antes havia considerado a atuação; originalmente só ia supervisionar o programa.
O programa foi tão popular em outras partes da América Latina e entre as pessoas que falavam espanhol nos Estados Unidos que em países como o Peru, outros programas onde apareciam os atores de Chaves começaram a ser transmitidos. Na Argentina, Rubén Aguirre fez muito sucesso interpretando seu personagem em um circo, e em Porto Rico, muitas das frases de Chaves se converteram em parte do diálogo cotidiano. Nos Estados Unidos, o programa ainda é transmitido pela Galavisión.


Resumo
A série, em 1971 tinha apenas 20 minutos, mas em 1972 passou a ter episódios de meia hora, no canal 8. Esta foi a primeira temporada. Os primeiros programas foram compostos de um sketch no início, com Dr. Chapatin, El Chómpiras, ou um dos outros personagens de Chespirito, e dois curtos episódios do personagem principal.
Em 1973, o programa começou a ser formado por um episódio de quase meia hora precedido por um sketch estrelado pelos personagens estrelados por Chespirito com a estrutura do primeiro programa. No final as esquetes quase sumiram.
No final da segunda temporada, Maria Antonieta de las Nieves deixou o programa para cuidar de seu bebê recém-nascido. Com sua ausência se consolidaria o que para muitos foi uma das melhores duplas cômicas da história: Roberto Gomez Bolaños (Chaves) e Carlos Villagrán (Quico).
A temporada de 1974 começou com Chaves e Quico como uma dupla "inseparável", incluindo Don Ramón (Seu Madruga) como o personagem adulto carismático. Durante essa época, as cenas na sala de aula começaram a aparecer, juntamente com outros personagens infantis como o Ñoño (o filho do Sr. Barriga, aportuguesado como Nhonho), Popis (a sobrinha da dona florinda e prima do Quico) e o descontraído Godínez (personificado por Horacio Gómez Bolaños).
De las Nieves, que havia saído no passado, voltou para a série em 1975. Sua volta marcou o período considerado o auge do programa. O trio inicial do programa foi refeito (Chaves - Quico - Chiquinha) e foram gravados os episódios considerados os melhores.
Porém, o programa começou a sofrer mudanças drásticas, quando Carlos Villagrán deixou o programa. Pouco tempo depois, Ramón Valdés também deixou a série, em solidariedade ao amigo Villagrán. Com isso, Chespirito achou melhor em 1979, acabar com o semanal, para fazer um programa no qual a ausência dos dois personagens não pesasse tanto.


Chespirito:
A partir de 4 de fevereiro de 1980, Chespirito foi ao ar , com Chaves, Chapolin e algumas reformas. A estréia de Chaves neste novo programa teve riqueza em novos episódios produzidos. Além disso, em 1981, Valdés voltou para o elenco, depois de estrelar em alguns programas ao lado de Villagrán. No entanto, ele deixou novamente no final do ano.Veio a falecer em 9 de agosto de 1988.